Cada vez mais empreendedores que encontramos no Brasil nos perguntam coisas como “onde vou conseguir dinheiro para financiar minha ideia?” ou “meu projeto é interessante, mas onde encontrar investidores anjo?” Suponha então que o projeto é uma boa ideia, trazendo receita escalável e um bom retorno sobre o capital investido. Se procurar um aporte de angel é realmente uma boa saída, onde estão os investidores anjo brasileiros?

O que são?

O Angel Investor é uma pessoa física ou uma empresa disposta a investir dinheiro em troca de um percentual da empresa. Para ver uma definição generalista e diversos pontos interessantes sobre o investidor anjo, veja o vídeo do UOL Economia:



Daniel Heise, capa recente da Exame PME e sócio-fundador do Grupo Direct, comentou em 2008 sobre os 5 mitos do investidor anjo originalmente relatados por Scott Shane. Mesmo assim, a realidade de 2008 é um pouco diferente de 2010, e muita coisa aconteceu desde então: mais grupos de angels se estruturaram, e mais investidores anjo independentes têm aportado capital em pequenas empresas brasileiras.

Quem são?

Além de investidores anjo “pessoa física” – bem difíceis de achar, e se você for ou conhecer um deles entre em contato com a Aceleradora – os grupos que irão investir entre R$ 50 mil e R$ 500 mil em projetos inovadores e com excelentes perspectivas de receita são:

Infelizmente, existem muitos poucos grupos como esses no Brasil. Em 2010, esperamos que essa cultura aumente, e mais grupos de investidores anjo se formem no país – sejam de executivos ou de empreendedores com mais experiência. Existe inclusive a possibilidade de fundos maiores seguirem a tendência vista hoje nos EUA, em que VCs tradicionais criam aos poucos estratégias de investimento em empresas bem menores – chegando praticamente a atuar como angels.

Por isso, fique de olho em fundos de seed capital que investem entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões. Entre eles estão:

  • Confrapar, liderada por Carlos Guillaume e gestora do fundo HorizonTI (que já investiu na GSS). A Confrapar combina capital privado e do programa Inovar Semente da FINEP, e está preparando o lançamento de fundos no Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.
  • Criatec, com fundos locais em diversos estados e cujo grande financiador é o BNDES
  • FIR Capital, liderada por Guilherme Eimrich, Marcos Regueira e um time de gestores. A FIR é parceira da DFJ e já tem um excelente histórico, como a venda da Akwan para o Google e investimentos na SambaTech e SafeTrace
  • Performa Investimentos, liderada por Humberto Matsuda e também aprovada pelo Inovar Semente da FINEP
  • Inseed, liderada por Francisco Perez e outros executivos.
  • (update) Fundo SC em Santa Catarina, ainda entrando em operação e liderado por José Henrique Moreira e Marcelo Ferrari Wolowski

Todos esses fundos têm como áreas de interesse projetos de bio e nanotecnologia, tecnologias verdes, aplicações médicas e tecnologia da informação. Antes de contactar qualquer um, aprenda sobre eles, leia bastante os termos nos sites e garanta que seu projeto está pronto para ser avaliado. Não queime cartucho à toa.

Para aprender mais sobre como funciona o mercado de venture capital, leia a excelente cartilha do Criatec. Para ler mais sobre startups, siga-nos no twitter e assine nosso feed RSS.