O Bizspark é um programa mundial da Microsoft para apoiar startups que utilizam tecnologia da empresa. No Brasil, ele é representado pelo Microsoft Sol. Nele, a Microsoft oferece Visual Studio, ferramentas de desenvolvimento, Windows Server, SQL Server e SharePoint – entre outros – todos a um custo praticamente zero.
O Bizspark existe para combinar duas metas: apoiar empreendedores inovadores que usem tecnologia Microsoft (com software, suporte, treinamento e ligação com clientes e investidores), e ao mesmo tempo mostrar como a Microsoft está na base de soluções e produtos inovadores. O trabalho constante da Sílvia Valadares divulga a idéia para incubadoras, blogueiros e projetos que possam ajudar as startups a terem um contato facilitado com a Microsoft. A Aceleradora é um desses parceiros, e tenta identificar empreendedores MS-based para apoiar sua interação com a Microsoft. Além disso, todos os aprovados no PRIME da FINEP possuem direito ao Microsoft Sol.
Por ser bastante abrangente, é difícil entender todos os aspectos da estratégia do Bizspark. Isso ficou um pouco mais claro com a reunião de duas horas que tive na semana passada com o Dave Drach, VP da Microsoft EUA e um dos líderes do programa. Conversamos sobre os pontos fortes e fracos do Biszpark, as novidades para 2010 e como a Aceleradora pode ajudar mais.
O Dave é um cara legal. Depois de 10 minutos, ele perde a formalidade americana e começa a falar as coisas de um jeito um pouco mais solto: as idiossincrasias da Microsoft, como a política corporativa influencia o apoio a startups e as motivações do programa. Entre diversas coisas, uma das sugestões que dei ao Dave foi se aproximar dos grupos de usuários Microsoft em todo o Brasil. Com certeza existem empreendedores entre eles, e talvez alguns projetos promissores poderiam fazer bom uso dos esforços da Microsoft para apoiar startups.
Nessa mesma reunião fizemos uma call com o Carlos Guillaume, CEO da Confrapar. Junto com Vitor Andrade, membro do Conselho da Confrapar, tentamos ver como os objetivos de um fundo de investimento batem com o Bizspark. Foi fácil encontrar algumas startups investidas (ou que serão investidas) pela Confrapar que podem fazer uso do programa.
Eu tenho uma opinião a respeito da aplicação do Bizspark no Brasil: ele deveria ser o mesmo que o Microsoft Boost, que parece só existir em Portugal. A combinação que o Boost traz para o estímulo, formação, suporte e promoção de startups é bem parecida com a nossa proposta na Aceleradora… Por isso, a minha sugestão original era que o Bizspark Brasil focasse não só nas duas últimas partes – suporte e promoção – mas também no estímulo e formação de startups.
Parece que a partir de dezembro de 2009, essas coisas vão ser endereçadas de uma forma um pouco mais completa. Vamos aguardar as novidades…
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