Medir o valor da startup é uma tarefa importante para o empreendedor, independente se ele está ou não procurando investimento. Ser surpreendido por uma proposta inesperada de um investidor pode estar longe da sua realidade hoje, mas com o tempo ela pode chegar… E se chegar, você precisa saber o seu valor na ponta da língua, baseado em premissas muito bem fundamentadas.
O problema é que conceitos como esses – startup, valuation, investimento – normalmente fogem à compreensão de boa parte dos empreendedores brasileiros. Com esse post e outros por vir, tentaremos tornar esses conceitos mais simples e fáceis de entender.
O que é uma startup?
Você vai encontrar diferentes pessoas com definições variadas sobre o que é uma startup. Alguns entendem que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma startup. Outros defendem que uma startup é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue gerar lucros e se manter viva enquanto cresce.
A definição usada pela maioria dos investidores é mais precisa. Uma startup é um produto, serviço ou processo que serve como base de um negócio altamente escalável, gerando um volume de riqueza muito maior do que o investimento necessário para iniciá-lo. Apesar de simples, essa definição traz conceitos-chave que carregam um grande significado:
- Inicialmente, precisa-se de um produto ou serviço que tenha um benefício claro para seus clientes, que devem ser devidamente identificados e bem mapeados. Precisa-se de processos de venda que consigam levar o produto até esses clientes, e uma forma de receber a receita gerada por isso… De uma equipe capaz de levar a empresa em frente, e um desempenho financeiro no mínimo auto-sustentável. Isso é o que difere um negócio de uma idéia.
- Um exemplo hipotético de startup aplicável na realidade brasileira seria uma empresa nascente que precisa de R$ 750 mil em investimentos nos seus 2 primeiros anos para atingir uma receita de R$ 3 milhões no 3.o ano, crescendo a uma taxa anual cada vez maior (ex: 50%, 100%, 300% em 3 anos consecutivos) e podendo ser vendida no 5.o ano por um valor superior a R$ 10 milhões. Um investimento inicial muito baixo, custos baixos mas um crescimento em receita muito alto – isso é escala.
- O negócio não só precisa ser escalável em termos de receita, mas também em margem. Em outras palavras, a startup precisa ter argumentos que irá crescer, se tornar uma empresa estável e acumular lucro que permita tanto reinvestimentos na empresa quanto remunerar seus investidores. Isso é o que significa gerar riqueza.
Se sua empresa tem um negócio bem definido, tão escalável que te deixa ansioso e capaz de multiplicar por dez o investimento inicial, você pode ter uma startup nas mãos. Se ela parece capaz de atingir muitos países e ser realmente competitiva globalmente, você provavelmente vai ter a atenção de muitos investidores. Caso contrário, você ainda está na busca por esse modelo… E é importante exercitar vários modelos de negócio até você encontrar seu caminho.
Imagine então que você está em uma reta do tempo. O valor da sua startup cresce de zero (no ponto 1, quando você tem somente uma idéia) para dezenas ou centenas de milhares quando atinge seus primeiros meses de receita (no ponto 4). Quanto mais rápido essa receita se multiplica (entre os pontos 4 e 5) maior o valor da startup, podendo chegar a dezenas ou centenas de milhões no ponto 6.
Se uma startup é a organização dedicada justamente a encontrar um modelo de negócio escalável, pode ou não precisar de investimento para continuar sua busca. Como dissemos no início do post, mesmo que você não esteja procurando investimento é importante que você saiba quanto vale sua startup.
Como medir esse valor?
Infelizmente, o valor da sua startup não é o que você dá a ela – é o quanto estariam dispostos a pagar por ela (ou por um pedaço dela) em um determinado ponto da reta do tempo. E mesmo em um ponto bem específico dessa reta, observe que o valor da sua startup tem várias perspectivas: enquanto o empreendedor acha que ele é maior devido ao seu envolvimento emocional, o investidor terá uma visão imparcial e levantará itens que reduzem esse valor.
Em outras palavras, o valor é subjetivo e depende do ponto de vista e circunstâncias. Até mesmo o preço, a quantificação do valor em moeda, pode variar no mesmo ponto da reta do tempo. Por exemplo, se você está a uma certa altura entre o ponto 4 e 5:
- Se seu plano é reinvestir na empresa para crescer mais rápido mas não tem caixa suficiente, pode decidir topar uma oferta em que 20% da sua startup vale um preço mais baixo do que esperado – dada sua aparente incapacidade de executar o plano sozinho, quando o investidor irá agregar muito.
- Se você decidir não reinvestir e crescer a uma taxa menor, pode convencer um investidor que 10% da sua startup valem um preço até maior do que na situação acima – dado que você pode provar que está satisfeito com seu desempenho, e reduzir a percepção de quanto o investidor agrega ao seu negócio.
Como você vê, existe uma boa pitada de percepção, conhecimento de finanças, experiência e sangue-frio em uma negociação de investimento. Justamente por isso, é necessário usar métodos que tentam tirar a subjetividade de boa parte do processode dar valor a uma startup – os chamados métodos de valuation. Entre eles, estão coisas como fluxo de caixa descontado, preço por múltiplo ou um mero chute… Todos podem ser aceitáveis, dependendo do seu objetivo, das condições da sua startup ou do investidor que negocia com você.
Com essa reta do tempo e seus diferentes pontos, você deve ser capaz de analisar sua situação de forma mais concreta do que antes. Quer ver? Vamos tentar usar valores realistas, que não necessariamente se encaixam na sua realidade mas são plausíveis para startups no Brasil.
- Ponto 1 – Idéia: uma idéia que ainda não foi colocada em prática não vale nada.
- Ponto 2 – Implementação: uma vez que você sai da inércia e consegue começar a implementar sua idéia, você ainda não tem uma startup. O valor de sua empreitada (que ainda não é uma startup) é provavelmente igual ao custo do seu tempo e salários das pessoas que você empregou até agora. Valor estimado: entre R$ 10 mil e R$ 100 mil.
- Ponto 3 – Operação: se você conseguiu encontrar um modelo de negócio que parece promissor, deve realizar testes para determinar o público-alvo, seu tamanho e quanto ele pode representar em receita. Sua empresa já tem uma equipe fixa, contador, vendas e marketing, e começa a valer algo maior que seu custo investido até agora – que cresce na mesma proporção em que se amplia sua receita potencial. Valor estimado: entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão.
- Ponto 4 – Receita: você já tem seus primeiros clientes e começa a ter uma receita estável. Nesse momento, você é capaz de provar que sua receita pode ser projetada no futuro e definir um valor um pouco mais confiável para sua startup… mesmo assim, ainda não é capaz de provar sua escalabilidade. Valor estimado: entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões.
- Ponto 5 – Aceleração da receita: provavelmente você precisará de diversos pivots para chegar a esse ponto – uma idéia que realmente escale em receita. Se você consegue acelerar seu faturamento, chegou a um ponto crítico: se pessoas mais experientes de mercado ou mais dinheiro investido a acelerarem ainda mais, procure um investidor; caso contrário, tente seguir sem diluir sua participação. Esse é o ponto mais fácil para fazer um valuation, pois muitas variáveis estão com valores claros e dentro do seu alcance. Por já ter atingido uma tração boa e difícil de voltar atrás, a faixa de valor estimado nesse ponto é maior: entre R$ 5 milhões e R$ 100 milhões.
- Ponto 6 – Venda ou IPO: seja por escalabilidade potencial ou comprovada, está na hora de decidir se você abandona sua startup e parte para a próxima idéia, ou se a torna uma empresa aberta e começa a se questionar se você é mesmo a melhor pessoa para gerir o negócio. Seu preço passa então a ser definido pelo seu desempenho no mercado e com variáveis bem mais complicadas que aquelas esperadas em um valuation de startup. Valor estimado: acima de R$ 100 milhões.
Conclusões
Não é fácil determinar o valor de uma startup nem fundamentar o processo de avaliação com provas ou evidências. É ainda mais difícil conseguir um investidor que compre seu projeto e tope o risco de colocar o dinheiro dele à prova. A coisa piora quando você começa a se perguntar: qual investidor procurar? Quanto pedir por qual percentual da empresa? Como funciona o processo de investimento?
O gráfico acima coloca alguns itens a mais na reta do tempo, tentando adaptá-los para a realidade brasileira. Ele mostra onde as diferentes faixas de capital de risco se aplicam, e quais os volumes de capital investido em cada faixa. No próximo post dessa série, iremos explorar mais esse gráfico, definindo o que é valuation e como os diferentes critérios e conceitos envolvidos funcionam.
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20 Comments on "Quanto vale sua startup – Parte 1"
Marco Fisbhen
05/05/2010Ótimo post!
Pra tentar agregar ainda mais, acho legal dar uma olhada na distinção feita pelo Steve Blank entre a startup que dá origem ao "small business" e a scalable startup que dá origem a uma "large company".
Acho que esse é um primeiro "fit" que o empreendedor enfrenta.
A palestra do Steve Blank no startup lessons learned está na íntegra no justin.tv em http://migre.me/BURh e serve como complemento perfeito ao post.
Parabéns ao pessoal da aceleradora pelo excelente blog.
Anonymous
05/05/2010Oi Marco,
Se quiser ver os slides, estão no post anterior da Aceleradora:
http://aceleradora.net/blog/2010/04/28/sllconf-a-primeira-conferencia-sobre-lean-startups/
Marco Fisbhen
05/05/2010Yuri,
já tinha visto o post anterior (e os slides)!
Acho que o SLL agregou em 1 dia quase 6 meses de estudo, e a palestra da KISSmetrics ratificou a noção de como as startups americanas tem dinheiro sobrando, dada a enorme quantidade de pivots.
Eric Santos
06/05/2010Marco,
Sobre a questão do investimento, o Dave McClure tem um "framework" interessantes sobre o tamanho e o objetivo de cada round em uma Lean Startup.
http://www.slideshare.net/dmc500hats/startup-metrics-4-pirates-may-2010 (Slides 35 a 38)
Já sobre o KISSMetrics, em uma entrevista recente no Mixergy, o Hiten Shah disse que usou o dinheiro que ele ganhou com consultoria para financiar o dev do produto, mas os últimos dois pivôs já foram feitos com $ de angel na jogada. Ainda assim, é muito mais barato para um VC bancar alguns pivôs do que ir até o final com o produto errado. O problema é que poucos investidores têm essa clareza de que os pivôs são viáveis e necessários.
Abs!
Marco Fisbhen
11/05/2010Eric,
as arquiteturas do Dave McClure nos ajudaram muitíssimo e o AARRR é o modelo número 1 no planejamento das métricas e ações para do descomplica.
Em relação ao KISSMetrics e a quantidade "excessiva" de pivôs do produto, não consigo deixar de pensar em uma brincadeira básica com futebol: se o técnico mexeu no time ainda no meio do 1o tempo, provavelmente é porque escalou o time titular errado.
Meu "estranhamento" é o seguinte: se o produto passou por 5 ou 6 pivôs antes mesmo de ir a mercado (mas depois de já ter recebido investimento) temos um produto que recebeu investimento enquanto ainda estava longe do market fit. Acho que isso caracteriza o mercado americano, mas não me parece ser a realidade brasileira.
É claro que é melhor realizar os pivôs antes de ir a mercado com um produto errado. Meu ponto não é este. Meu ponto é apenas o contraste entre a realidade americana e brasileira.
Se não me engano o próprio Yuri (por favor me corrija se eu estiver errado) questionou recentemente o conservadorismo dos investidores anjo brasileiros e o fato de que planos mais ousados como o Twitter não receberiam investimentos no Brasil.
Voltando aos pivôs, li em uma das apresentações relacionadas ao SLL que "grupos de foco" são para grandes empresas, e que em um contexto de lançamento de um "minimum viable product" seriam dispensáveis. Penso que os grupos de foco fornecem grandes insights e podem reduzir bastante o número de pivôs, além de poderem ser executados de maneira bem econômica.
Mais uma vez, nada contra a idéia dos pivôs em si, mas acho que o "fit/focus" do projeto dentro da realidade brasileira precisa ser feito antes, para receber investimento anjo. Pelo menos essa é a minha percepção.
Abs!
Eric Santos
11/05/2010Oi Marco,
Concordo contigo que o cenário brasileiro é diferente. O que citei lá do Dave McClure não era nem o AARRR (que é muito bom mesmo), mas a parte do apêndice dos slides que fala sobre a pirâmide do investimento atualmente nos EUA. Aqui no Brasil, aquela parte de baixo da pirâmide é raríssima, e aí o pessoal se vira com dinheiro pessoal, FINEP, CNPq, etc.
Voltando ao caso dos pivôs da KISSMetrics, todas versões do produto foram sim ao mercado, mas eles só não fizeram barulho em cima dele. Isso é que o Eric Ries chamou de Product Launch vs. Marketing Launch:
http://www.startuplessonslearned.com/2009/03/dont-launch.html
Foi justamente por ter testado o produto com possíveis clientes, e ter iterado o suficiente para saber que aquela forma específica do produto não conseguiria market fit, que eles decidiram fazer essa mudança mais radical que é o pivô. Só para ilustrar, o primeiro ou o segundo produto deles (não lembro agora qual...) chegou a ter mais de 300 clientes utilizando-o. Ou seja, eles foram ao mercado (potenciais clientes), mas não foram ao TechCrunch. ;)
De qualquer forma, concordo contigo e com a recomendação geral do Yuri de tentar avançar o máximo possível com produto a na busca de fit com o mercado antes de buscar investidores aqui no Brasil.
Abs,
Eric
@ericnsantos
Marco Fisbhen
05/05/2010Ótimo post!
Pra tentar agregar ainda mais, acho legal dar uma olhada na distinção feita pelo Steve Blank entre a startup que dá origem ao "small business" e a scalable startup que dá origem a uma "large company".
Acho que esse é um primeiro "fit" que o empreendedor enfrenta.
A palestra do Steve Blank no startup lessons learned está na íntegra no justin.tv em http://migre.me/BURh e serve como complemento perfeito ao post.
Parabéns ao pessoal da aceleradora pelo excelente blog.
yurigitahy
05/05/2010Oi Marco,
Se quiser ver os slides, estão no post anterior da Aceleradora:
http://aceleradora.net/blog/2010/04/28/sllconf-...
Marco Fisbhen
05/05/2010Yuri,
já tinha visto o post anterior (e os slides)!
Acho que o SLL agregou em 1 dia quase 6 meses de estudo, e a palestra da KISSmetrics ratificou a noção de como as startups americanas tem dinheiro sobrando, dada a enorme quantidade de pivots.
Eric Santos
06/05/2010Marco,
Sobre a questão do investimento, o Dave McClure tem um "framework" interessantes sobre o tamanho e o objetivo de cada round em uma Lean Startup.
http://www.slideshare.net/dmc500hats/startup-me... (Slides 35 a 38)
Já sobre o KISSMetrics, em uma entrevista recente no Mixergy, o Hiten Shah disse que usou o dinheiro que ele ganhou com consultoria para financiar o dev do produto, mas os últimos dois pivôs já foram feitos com $ de angel na jogada. Ainda assim, é muito mais barato para um VC bancar alguns pivôs do que ir até o final com o produto errado. O problema é que poucos investidores têm essa clareza de que os pivôs são viáveis e necessários.
Abs!
Marco Fisbhen
11/05/2010Eric,
as arquiteturas do Dave McClure nos ajudaram muitíssimo e o AARRR é o modelo número 1 no planejamento das métricas e ações para do descomplica.
Em relação ao KISSMetrics e a quantidade "excessiva" de pivôs do produto, não consigo deixar de pensar em uma brincadeira básica com futebol: se o técnico mexeu no time ainda no meio do 1o tempo, provavelmente é porque escalou o time titular errado.
Meu "estranhamento" é o seguinte: se o produto passou por 5 ou 6 pivôs antes mesmo de ir a mercado (mas depois de já ter recebido investimento) temos um produto que recebeu investimento enquanto ainda estava longe do market fit. Acho que isso caracteriza o mercado americano, mas não me parece ser a realidade brasileira.
É claro que é melhor realizar os pivôs antes de ir a mercado com um produto errado. Meu ponto não é este. Meu ponto é apenas o contraste entre a realidade americana e brasileira.
Se não me engano o próprio Yuri (por favor me corrija se eu estiver errado) questionou recentemente o conservadorismo dos investidores anjo brasileiros e o fato de que planos mais ousados como o Twitter não receberiam investimentos no Brasil.
Voltando aos pivôs, li em uma das apresentações relacionadas ao SLL que "grupos de foco" são para grandes empresas, e que em um contexto de lançamento de um "minimum viable product" seriam dispensáveis. Penso que os grupos de foco fornecem grandes insights e podem reduzir bastante o número de pivôs, além de poderem ser executados de maneira bem econômica.
Mais uma vez, nada contra a idéia dos pivôs em si, mas acho que o "fit/focus" do projeto dentro da realidade brasileira precisa ser feito antes, para receber investimento anjo. Pelo menos essa é a minha percepção.
Abs!
Eric Santos
11/05/2010Oi Marco,
Concordo contigo que o cenário brasileiro é diferente. O que citei lá do Dave McClure não era nem o AARRR (que é muito bom mesmo), mas a parte do apêndice dos slides que fala sobre a pirâmide do investimento atualmente nos EUA. Aqui no Brasil, aquela parte de baixo da pirâmide é raríssima, e aí o pessoal se vira com dinheiro pessoal, FINEP, CNPq, etc.
Voltando ao caso dos pivôs da KISSMetrics, todas versões do produto foram sim ao mercado, mas eles só não fizeram barulho em cima dele. Isso é que o Eric Ries chamou de Product Launch vs. Marketing Launch:
http://www.startuplessonslearned.com/2009/03/do...
Foi justamente por ter testado o produto com possíveis clientes, e ter iterado o suficiente para saber que aquela forma específica do produto não conseguiria market fit, que eles decidiram fazer essa mudança mais radical que é o pivô. Só para ilustrar, o primeiro ou o segundo produto deles (não lembro agora qual...) chegou a ter mais de 300 clientes utilizando-o. Ou seja, eles foram ao mercado (potenciais clientes), mas não foram ao TechCrunch. ;)
De qualquer forma, concordo contigo e com a recomendação geral do Yuri de tentar avançar o máximo possível com produto a na busca de fit com o mercado antes de buscar investidores aqui no Brasil.
Abs,
Eric
@ericnsantos
Web em Segundos
26/05/2010Ótimo artigo. Já lemos a segunda parte também e estamos no aguardo da terceira. Para nós, que somos - apenas - desenvolvedores e empreendedores de web, essa parte de cifras sempre nos soou como distante... ver empresas de web sendo vendidas por milhoes, quando não conseguimos nem saber baseados em que chegam nessas cifras. Produzimos produtos de boa aceitação, mas não sabemos como mensurar uma possivel parceria para receber investimentos.
Web em Segundos
26/05/2010Ótimo artigo. Já lemos a segunda parte também e estamos no aguardo da terceira. Para nós, que somos - apenas - desenvolvedores e empreendedores de web, essa parte de cifras sempre nos soou como distante... ver empresas de web sendo vendidas por milhoes, quando não conseguimos nem saber baseados em que chegam nessas cifras. Produzimos produtos de boa aceitação, mas não sabemos como mensurar uma possivel parceria para receber investimentos.
Gustavo Guida Reis
05/11/2010Bom artigo, parabéns. Serve como belo parâmetro para os novos empreendedores entenderem um pouco mais a cabeça dos investidores.
Achei que o texto tem certo viés para como os investidores pensam. O empreendedor não pode compartilhar o sentimento de que vai dar um "tiro curto" e captar para vender a empresa em 6 anos. Mesmo porque, se ele pensar assim será difícil arrumar investimento. O empreendedor tem que tratar a startup como o negócio da vida dele, no qual vai ficar indefinidamente. Se fizer um bom trabalho compradores aparecerão com certeza. O driver não deve ser ficar procurando compradores e sim focar na operação para que a empresa cresça o suficiente para entrar no radar dos investidores estratégicos, private equities, etc.
Anonymous
05/11/2010Fala Gustavo,O texto tem um viés proposital para como os investidores pensam. Já que os VCs não querem/podem dedicar tanto tempo explicando conceitos aos empreendedores, é melhor já deixar na mesa o raciocínio da "outra ponta"... Assim, os empreendedores visualizam como funciona o "paradigma financista" dos VCs.
Gustavo Guida Reis
05/11/2010Bom artigo, parabéns. Serve como belo parâmetro para os novos empreendedores entenderem um pouco mais a cabeça dos investidores.
Achei que o texto tem certo viés para como os investidores pensam. O empreendedor não pode compartilhar o sentimento de que vai dar um "tiro curto" e captar para vender a empresa em 6 anos. Mesmo porque, se ele pensar assim será difícil arrumar investimento. O empreendedor tem que tratar a startup como o negócio da vida dele, no qual vai ficar indefinidamente. Se fizer um bom trabalho compradores aparecerão com certeza. O driver não deve ser ficar procurando compradores e sim focar na operação para que a empresa cresça o suficiente para entrar no radar dos investidores estratégicos, private equities, etc.
yurigitahy
05/11/2010Fala Gustavo,
O texto tem um viés proposital para como os investidores pensam. Já que os VCs não querem/podem dedicar tanto tempo explicando conceitos aos empreendedores, é melhor já deixar na mesa o raciocínio da "outra ponta"... Assim, os empreendedores visualizam como funciona o "paradigma financista" dos VCs.
@zmenezes
24/01/2011Excelente matéria, gostaria de sugerir o reparo da imagem final, pois ela encontra-se quebrada. Abraços, José de Menezes (http://www.learncafe.com)