O conceito de sócio-capitalista é antigo e bastante aplicado por empresários brasileiros, tanto nas empresas nascentes como naquelas que já possuem experiência de mercado. Recentemente, fala-se cada vez mais em revistas, jornais e outros meios de comunicação sobre o papel do investidor de risco. Apesar de serem muito parecidos e não terem uma definição formal e padronizada, esses dois tipos de investidores possuem algumas diferenças do ponto de vista prático.

Um sócio-capitalista é aquele que entra com o capital para suprir a necessidade de qualquer tipo de empresa, seja ela um consultório clínico, uma delicatessen ou uma pequena indústria. Normalmente, sócios-capitalistas procuram negócios que tragam retorno no longo prazo, e podem desembolsar o dinheiro gradualmente conforme a necessidade de capital aumenta. Em muitos casos, um sócio-capitalista poderá pedir um plano de negócios para tomar sua decisão; em outros, pode somente cobrir as despesas e custos do dia a dia conforme o projeto da empresa é implementado.

Um investidor de risco, ou somente “investidor”, tem um interesse um pouco diferente: ele não se incomoda tanto com a quantidade de dinheiro investida, mas sim que o potencial de retorno deste investimento seja muito alto e venha o mais rápido possível. Enquanto o sócio-capitalista aceita viver dividindo os lucros da empresa com os outros sócios ao longo do tempo – enquanto paga seu investimento e aguarda retornos maiores – o investidor tenta garantir que o empreendedor valorize muito a empresa (seja com lucros muito altos ou ganhando mercado muito rapidamente) para então vender seu percentual no negócio na hora certa, para o comprador certo, pelo maior valor possível.

Resumindo: o sócio-capitalista tipicamente busca um risco mais baixo ao investir em um modelo tradicional que traga retorno no longo prazo, e pode se envolver bastante na gestão da empresa. Por sua vez, o investidor aceita correr riscos bem mais altos em negócios não provados, desde que o potencial de retorno seja várias vezes maior em um tempo curto (tipicamente entre 3 e 5 anos). O investidor raramente irá se envolver diretamente no dia a dia de gestão da empresa.

Ao procurar investimento para sua empresa e decidir que o correto é a entrada de um sócio com capital, pense bem se você está procurando o perfil correto e oferecendo um negócio atraente para o investidor certo.